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Resumo Documento 108

22.04.2022 - 22/04/2022
Resumo Documento 108

TEXTO RESUMO PARA ESTUDO DOC 108 MINISTÉRIO E CELEBRAÇÃO DA PALAVRA - DOC 108 CNBB

 APRESENTAÇÃO

A palavra ressoa, mas é Deus quem concede o dom da fé (At. 16,14). Contagiada pela palavra de Deus, a Comunidade louva, bendiz, suplica: celebra! Assim os que receberam o dom da palavra tornam-se testemunhas. Os Bispos do Brasil, inspirados e guiados pela Palavra de Deus, apresentam as nossas comunidades o documento Ministério e Celebração da Palavra. São Linhas básicas e diretrizes gerais para elaboração de um plano de formação e acompanhamento dos ministros (as) da Palavra de Deus.

Por isso, indica a necessária formação, bem como definição de roteiros para a celebração. Não esquecendo aos numerosos ministérios que tantos irmãos, leigas e leigos, exercem com grande dedicação e amor, na dinamização da igreja particular. Por isto todo ministério na comunidade é um serviço a ser acolhido e reconhecido pela comunidade eclesial.

Nossa Senhora que concebeu e deu a luz a Jesus, o Verbo feito carne, nos ensine a bem ouvir, meditar, celebrar e testemunhar a palavra de Deus!
Brasília- DF, 2 de fevereiro de 2019 Dom Leonardo Ulrich Steiner Secretário Geral da CNBB

INTRODUÇÃO

1- Por ocasião da 54a Assembléia Geral da CNBB, levantou-se a proposta de elaborar um plano de formação e acompanhamento para ministros (as) da Palavra. Em vista desta proposta foi elaborado este subsídio, que apresenta uma fundamentação bíblico-teológica e orientações pastorais do magistério e da CNBB, com relação aos ministérios em geral, e em particular ao ministério da Palavra.

2- (...) É certo que, ao lado dos ministérios ordenados, a Igreja reconhece também o lugar de ministérios não ordenados e que são aptos para assegurar um especial serviço a Igreja. Os mesmos deverão estabelecer respeito absoluto e mantendo a unidade e seguindo a orientação dos pastores, que são precisamente os responsáveis e os artífices da mesma unidade da Igreja. Esses ministérios, novos na aparência, já muito ligados na experiência vivida pela igreja, por exemplo: os catequistas, animadores de oração, de canto, de animação da Palavra, de assistência aos irmãos necessitados. Ou ainda líderes de pequenas comunidades, vós sois preciosos, para o crescimento da Igreja.

3- Ao bispo diocesano cabe tomar as decisões a esse respeito, conforme prescreve o Código do Direito Canônico (cân. 759) Na legislação complementar, a CNBB estabeleceu que “o bispo diocesano, onde houver necessidade, pode permitir, por tempo determinado, que leigos idôneos preguem nas igrejas e oratórios.

4 – Respeitadas as atribuições próprias dos bispos diocesanos, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, deseja oferecer elementos que permitam levar adiante este processo de reflexão, especialmente o ministério da Palavra.

5- Dada sua amplitude, o ministério da palavra não se reduz a sua dimensão litúrgica. Entretanto, as considerações aqui apresentadas se referem especialmente a este exercício.

6 – A formação deverá levar em conta, além dos fundamentos bíblicos, teológicos, magisteriais e canônicos, o contexto social em que a igreja vive. A caminhada histórica do país, bem como os desafios pastorais das circunstâncias atuais. Para todos os agentes da evangelização é necessária uma preparação séria, convictos da nobreza e da riqueza da palavra de Deus. Lembrando que aqueles que tem a missão de transmiti-la devem dedicar à maior atenção á dignidade, a precisão e a adaptação da sua linguagem. Essa preparação séria fará aumentar neles a indispensável segurança, como também o entusiasmo para anunciar Jesus Cristo nos dias de hoje. (EM, N 73)

7 – Em suas linhas básicas e diretrizes gerais, apresentam-se aqui elementos para elaboração de um plano de formação e acompanhamento. Inspirado nesta proposta de acordo com a sua realidade, cada regional, diocese, paróquia poderá então concretizar seu plano dentro de sua realidade levando em conta os seus desafios e as suas necessidades concretas.

CAPITULO I
O MINISTRO DA PALAVRA NO NOVO TESTAMENTO

A Palavra está no centro da vida e da missão de Jesus, Palavra de Deus que se fez carne, e também das comunidades cristãs que surgem, graças ao anuncio e á acolhida da Palavra. (1Jo 1, 1-4) Recorda-nos o Papa Francisco “Toda a evangelização está fundada sobre esta Palavra escutada, meditada, vivida, celebrada e testemunhada. A Sagrada Escritura é fonte de evangelização.

No novo Testamento emergem termos como: pregar, proclamar, anunciar, evangelizar, ensinar, testemunhar, exortar, admoestar e outros. O verbo “pregar”, (proclamar, anunciar) é típico da tradição sinótica. Marcos diz que Jesus “veio para a Galileia pregando o Evangelho de Deus” (Mc 1,14). Mateus e Lucas informam reiteradamente que Jesus percorria a Galileia, “pregando o Evangelho do Reino e curando o povo... e as pessoas que eram curadas por Jesus proclamam-no, mesmo tendo sido expressamente proibidas de fazê-lo. (Mc 1, 45; 7,36; Lc 5,20). Marcos também diz que Jesus constituiu os doze” para enviá-los a anunciar” (Mc 3,14).
Durante o ministério público de Jesus, “ensinar” foi uma de suas atividades mais importantes (Mc 1,21; 2,13; 8,31; 14,49). Além de ensinar publicamente, Jesus ensinava reservadamente aos discípulos (Mc 4,33-34; Mt 13,34-35).

No Evangelho de João, Jesus acrescenta: “ora, o Paráclito, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que vos tenho dito (Jo 14, 26).

O verbo “testemunhar” aparece, sobretudo no Ato dos Apóstolos e nos escritos joaninos (At. 4, 33; cf. 1,22; 2,23; 3,15) . O caminho das testemunhas é marcado pela proclamação corajosa da mensagem de Cristo, pela rejeição, e, muitas vezes, a morte. (At.23,11)

A “exortação” tinha seu lugar na vida da Igreja desde os primórdios, especialmente tarefa conferida aos missionários fundadores e profetas das comunidades.
Paulo considera seu dever exortar a comunidade. Estimula as comunidades a se exortarem mutuamente, envia Timotio a Tessalonia, para exortar a Igreja. O fundamento é sempre a misericórdia do Senhor, a mansidão, o amor. A ética que deve haver entre os cristãos, perseverando sempre na fé.

Estas exortações conhecidas como: Parênese (palavra que significa “admoestação”). Temas freqüentes eram os deveres entre marido e mulher, pais e filhos, patrões e escravos (Cl 3,18-4,1; Ef 5,21-6,9; Tt 2,1-10; 1 Tm 2, 1-15; 5,1-8; 61-2; 1Pd 2,11-3,7). Embora Paulo tenha recorrido a formas e conteúdos tradicionais, sobretudo judaicos, os ensinamentos de Jesus constituíram sua orientação. Sua preocupação era que os fiéis vivessem a vida nova de Cristo da qual participavam graças à fé e ao batismo (Rm 6,4).

Nas Igrejas que surgem do anúncio do Evangelho acolhido na fé, homens e mulheres assumem serviços e ministérios. Nos escritos paulinos são chamados “apóstolos” os missionários enviados por uma comunidade cristã par anunciar o Evangelho.

CAPITULO II
A EFICÁCIA DA PALAVRA ANUNCIADA

Deus mesmo é aquele que diz a Palavra, seja através do testemunho, seja através da pregação dos cristãos. “Por isso mesmo, também nós damos graças a Deus sem cessar, porque, ao receberdes a palavra de Deus que ouviste de nós, vós a acolhestes não como palavra humana, mas como o que ela é verdadeiramente: palavra de Deus, que age em vós que acreditais.” (1Ts 2,13).

Jesus já dissera na preparação dos setenta e dois para a missão: “Quem vos ouve, a mim ouve; e quem vos rejeita, a mim rejeita, rejeita aquele que me enviou”. Aí se baseia a altíssima dignidade da humilde palavra do pregador de Cristo Crucificado: é Deus que fala pela boca dos seus enviados. (Dt 18,18).
Com efeito, a Palavra de Deus produz, naquele que a acolhe, antes de tudo, a fé, sem a qual, “é impossível agradar a Deus” (Hb 11,6). A pregação é, pois na economia da salvação, o meio que o Senhor se serve para se dar pela fé.

Vimos no novo testamento, no entanto que a Palavra, com efeito, divide: alguns deixam de seguir Jesus, outros como os Doze, nas palavras de Pedro reafirmam: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68).

Quando, na força do Espírito, a Palavra anunciada é acolhida, tem origem não só uma nova relação do indivíduo com Deus, mas com outros indivíduos, que também creram no Evangelho. Eis que surge, a comunidade de fé, a Igreja.

Os Padre da Igreja, recorrendo a inúmeros símbolos, ilustram o ensinamento da Sagrada Escritura sobre a Palavra. Para São João Crisóstomo, a Palavra de Deus é onipotente. Para Santo Agostinho, (...) um pão que nutre sem nunca faltar, uma semente que gera para a vida eterna, veiculo da fé (...). Segundo Santo Tomás, “o dizer de Deus é fazer: disse e fez”.

Sobre a eficácia da palavra, com imagens expressivas, a Escritura afirma: “Tal como a chuva e a neve que descem do céu e para lá não voltam antes de inebriar a terra, tornando-a fecunda e fazendo a germinar, (...) assim acontece com a minha Palavra, que sai da minha boca: não voltará par mim vazia, mas fará tudo aquilo que decidi, realizando a missão para a qual a enviei” (Is 55,10-11)
O pregador deve ter sempre a consciência de que não é ele o agente principal da evangelização. Este é sempre o Pai, através do filho, no Espírito.

Palavra e sacramento não se opõem nem se confundem. Ambos são os meios de que se serve o Senhor para comunicar a sua graça.
“Diz o Papa Francisco: a Palavra proclamada, viva e eficaz, prepara a recepção do Sacramento e, no Sacramento, essa Palavra alcança a sua máxima eficácia” (EG, n. 174).

CAPITULO III
O MINISTÉRIO DA PALAVRA NO ENSINAMENTO DO CONCILIO VATICANO II

O Concílio Vaticano II não restringe o ministério da palavra aos bispos, presbíteros e diáconos. Já na Constituição Dogmática Lúmen Gentium sobre a Igreja, o Concílio afirma que os cristãos leigos e leigas são “incorporados a Cristo pelo Batismo” e, como tais, são “feitos participantes do múnus sacerdotal, profético e real de Cristo, exercem sua parte na missão de todo o povo cristão na Igreja e no mundo” (LG, n.31).

Entre as formas de participação dos cristãos leigos e leigas no múnus profético de Cristo destaca-se sua atuação na Celebração da Palavra de Deus. A Constituição Sacrosanctum Concilium sobre a sagrada liturgia recomenda: promova-se a celebração da Palavra de Deus nas vigílias das solenidades mais privilegiadas, em alguns dias do Advento e da Quaresma, nos domingos e dias santos, especialmente, onde houver falta de sacerdote, quando serão presididas por diáconos ou alguém delegado pelo Bispo” (SC, n.35,4). Mesmo não usando o termo “ministério da palavra”, a Sacrosanctum Concilium admiti que alguém não ordenado – uma pessoa delegada pelo Bispo- homem ou mulher, possa dirigir a Celebração da Palavra.

Diversos fatores levaram nossas comunidades a valorizar a Celebração da Palavra, sobretudo no Dia do Senhor. Comunidades que aos domingos rezavam o terço, ou outras devoções populares, aos poucos foram substituindo essas expressões pela Celebração da Palavra, chamada comumente de culto dominical. Para isso havia necessidade de alguém que pudesse conduzir à celebração e dirigir a Palavra a comunidade. Com o tempo essa pessoa passou a ser identificada como Ministro ou Ministra da Palavra. É necessário que a Igreja no Brasil os valorize e os qualifique adequadamente.

Esta prática tornou-se tão comum, que levou muitas pessoas a se perguntarem se a participação na Celebração da Palavra satisfaria o preceito de participar da missa aos domingos. É preciso, porém ressaltar que “tal observância” antes de ser um preceito, é uma necessidade inscrita profundamente na vida cristã, que não pode viver plenamente sua fé sem tomar parte regularmente na assembléia eucarística dominical. (DD, n.81).

CAPITULO IV
O MINISTÉRIO DA PALAVRA NO MAGISTÉRIO ECLESIASTICO

APÓS O CONCILIO VATICANO II

O Papa Emérito Bento XVI, na Exortação Apostólica Verbum Domini, após lembrar o valor da Celebração da Palavra, a recomenda vivamente para as comunidades que, devido a: escassez de clero, não podem celebrar regularmente a Eucaristia. (VD, n. 65)

O Episcopado Latino- Americano manifestou-se no documento de Aparecida: “Com profundo afeto pastoral, queremos dizer, as milhares de comunidades com seus milhões de membros, que não tem a oportunidade de participar da Eucaristia Dominical, que também elas podem e devem viver “segundo o domingo” (DD, n.253).
A Instrução Immensae Caritatis, da Congregação para o Culto Divino, favoreceu a participação de cristãos leigos e leigas na distribuição da Comunhão durante e fora da missa (a doentes, prisioneiros, etc.). Desta forma, agregou-se um elemento novo, isto é, a distribuição da Comunhão na Celebração da palavra, em comunidades impossibilitadas de Celebração Eucarística.

A Congregação para o Culto Divino publicou o Diretório para celebrações dominicais na ausência do presbítero, após receber varias solicitações episcopais. O Diretório lembra que o pároco deve designar leigos aos quais confiará o cuidado da celebração, isto é, a responsabilidade da oração, o serviço da Palavra e a distribuição da Sagrada Comunhão. (n.30).

A 27a Assembléia Geral da CNBB aprovou o documento Animação da Vida Litúrgica no Brasil- Elementos da pastoral litúrgica. Duas questões justificavam, segundo os Bispos, a edição do documento: A importância da palavra de Deus e o surgimento rápido de inúmeras comunidades eclesiais, ultrapassando a capacidade de atendimento dos presbíteros. Contudo, não confundir “nunca estas celebrações com a Eucaristia.”

O Código de Direito Canônico estabelece que os leigos por tempo determinado, onde as necessidades da Igreja o aconselharem podem suprir alguns ofícios, como o de exercer o ministério da Palavra, presidir as orações litúrgicas, conferir o Batismo e distribuir a sagrada Comunhão, segundo as prescrições do direito (cân 230, 3).
No tocante ao ministério da Palavra exercido por cristãos leigos e leigas, o princípio geral é assim enunciado: “os fiéis leigos, em virtude do Batismo e da Confirmação, são testemunhas da mensagem evangélica, mediante a palavra e o exemplo de vida cristã, podem também ser chamados a cooperar com o Bispo e os presbíteros no exercício do ministério da Palavra” (can. 759).

CAPITULO V
A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS

O Concílio Vaticano II recomenda que se realize a Celebração da Palavra de Deus ao longo do ano litúrgico, especialmente onde houver falta de sacerdote. (SC, n.35.4). Essa celebração requer todo cuidado e a devida preparação para que não se perca sua fisionomia litúrgica: cuidado com os ritos e sinais; com os cantos para que sejam de acordo com o espírito da liturgia; com a preparação dos ministérios e serviços, sobretudo o da pessoa que dirige a assembléia, os leitores e os salmistas; com o espaço celebrativo, atentos ao lugar da assembléia e da mesa da Palavra, onde o Cristo se faz presente. (SC, n.7).

Embora se reconheça e ate se deseje resguardar certa liberdade, criatividade e diversidade de roteiros para a Celebração da Palavra no Dia do Senhor, ou em outras ocasiões, nota-se a necessidade de continuar oferecendo orientações litúrgicas e pastorais.

A liturgia nos possibilita participar na história da salvação. A aliança entre Deus e o seu povo é renovada e atualizada por meio das diversas ações simbólicas. Por essa razão, toda celebração deve conter os seguintes elementos:
1- Deus convoca e reúne;
2- O povo atende e se constitui em assembléia;
3- Deus dirige a sua Palavra;
4- Os fiéis escutam, refletem e respondem professando a sua fé e suplicando; 5- A assembléia louva e bendiz a Deus por suas maravilhas;
6- Deus abençoa o seu povo e envia em missão.

Como em todos os atos litúrgicos, a Celebração da Palavra de Deus é exercício do sacerdócio de Cristo, na Igreja, que Ele associou a si como seu corpo (SC, n.7). É Cristo, Cabeça, quem preside a Celebração da Palavra. Portanto, os ministérios, os ritos e sinais e a assembléia reunida devem manifestar esta realidade anterior e maior que é a presença e atuação de Cristo e da Igreja.

A Celebração da Palavra possui um caráter sacramental, este caráter precisa ser observado, do contrario se poderia comprometer a manifestação da presença e da ação de Cristo. Por isso é necessário cuidar bem da proclamação da Palavra como também integrar, movimento e descanso, gesto e palavra, canto e silêncio, ação dos ministros e participação da assembléia. Respeitando a maneira de ser da pessoa humana, levando em conta as exigências da comunicação e da cultura do povo. (Doc. 52, n. 53).

Nas Orientações para a Celebração da Palavra de Deus, a CNBB lembra que não se devem introduzir os gestos memoriais próprios da missa (apresentação das oferendas, oração eucarística, fração do pão e o canto do Cordeiro de Deus que acompanha este rito. Também nas Celebrações da Palavra, não se deve substituir o louvor e a ação de graças pela adoração ao Santíssimo Sacramento (Doc. 52, n.86). Observar a analogia sacramental não exclui o sadio exercício da criatividade (Doc. 43 n. 170-175)

Como na Celebração Eucarística, a Celebração dominical da Palavra de Deus acompanha o ano litúrgico, conforme o calendário litúrgico, como também, cantos, orações, espaço litúrgico, cores e demais elementos celebrativos.

É importante levar em conta o contexto existencial da comunidade. A equipe de celebração, especialmente quem dirige, tenha presente os acontecimentos e esteja atenta a realidade dos participantes. A partilha da Palavra considere os acontecimentos à luz das Escrituras; a prece dos fiéis pode ser espontânea; a inclusão dos motivos de agradecimento contribuem para que a celebração assuma as necessidades, alegrias e esperanças da humanidade.

CAPITULO VI
RITUS DA CELEBRAÇÃO DA PALAVRA
Ritos iniciais

Assim como em outras celebrações, também na Celebração da Palavra, os ritos iniciais têm a finalidade de reunir os fiéis para que constituam a assembléia litúrgica, o Corpo de Cristo e se disponham para a celebração do mistério pascal. Esses ritos podem trazer variações que devem ser observadas de acordo com o tempo litúrgico. Ex.: apresentação do Senhor. Quarta feira de cinzas, domingo de ramos, sexta- feira santa e Vigília Pascal.

Os fiéis precisam ser acolhidos na comunidade, com delicadeza, atenção e sensibilidade (Doc. 52, n.57), por isto a necessidade de se incentivar o ministério da acolhida nas comunidades.

Liturgia da Palavra

Na liturgia da Palavra, Deus fala ao seu povo para lhe manifestar o mistério da redenção e da salvação.
A liturgia da Palavra compõe-se de leituras, salmo responsorial e aclamação ao Evangelho, partilha da Palavra, profissão de fé e da oração universal ou dos fiéis (preces).

Recomendável que se utilizem os Lecionários e melodias propostas pelos Hinários Litúrgicos da CNBB.
Antes da proclamação das leituras pode-se fazer uma invocação ao Espírito Santo. Modelo oferecido na Exortação Apostólica Verbum Domini pelo Papa Emérito Bento XVI: “Mandai o vosso Espírito Santo Paráclito aos nossos corações e fazei-nos compreender as Escrituras por Ele inspiradas”.

Coleta Fraterna

Após a oração dos fiéis, pode-se fazer uma coleta como expressão de agradecimento a Deus pelos Dons recebidos. Neste momento, são mais oportunos cantos de partilha e não de apresentação de oferendas.

Louvor e Ação de Graças

Um dos momentos importantes da Celebração Dominical da Palavra de Deus é o “rito de louvor e ação de graças”, com o qual se bendiz a Deus pela sua imensa glória.É dia da reunião da comunidade para fazer memória do Senhor Jesus; dia da ressurreição e da vitória sobre a morte. Não podem faltar a ação de graças e o louvor ao Pai pelo motivo específico que reúne a comunidade: Deus ressuscitou Jesus como primeiro dos que morreram, como diz São Paulo. Este momento pode realizar-se através de salmos, orações, ladainhas, louvações e outras tantas expressões orantes, mas não deve ter, de modo algum, a forma da Oração Eucarística (Doc. 52, n.86).

Quem dirige, convida a assembléia ao louvor e à ação de graças com estas ou outras palavras semelhantes: “Proclamemos a bondade de Deus e exaltemos a sua misericórdia, manifestada nas palavras de salvação que escutamos”.

A comunidade sempre tem muitos motivos para agradecer ao Senhor, primeiramente pela vida que brota da ressurreição de Jesus, à qual associam os sinais de vida vividos na família ou na comunidade. Os hinários da CNBB oferecem uma variedade de louvações que podem ser utilizados nesse momento da Celebração da Palavra.

Comunhão Eucarística

Admiti-se a Comunhão fora da Celebração Eucarística quando é levada aos fiéis agonizantes, aos enfermos as vítimas de calamidades, aos prisioneiros e a outros fiéis que se encontram impedidos de participar da Celebração Eucarística. Também pode ser distribuída na Celebração da Palavra.
A Igreja permite que na Celebração da Palavra, especialmente no Dia do Senhor, seja distribuída a Comunhão Eucarística.

Após o louvor e a ação de graças, o Santíssimo Sacramento é colocado sobre o altar e passa-se aos ritos da Comunhão: Pai-Nosso, saudação da paz (que também pode ser realizada em outro momento da celebração, ou omitida), convite a comunhão, distribuição da Comunhão Eucarística, silêncio, oração. Estando todos de pé. Em silêncio, estende-se o corporal sobre o altar, um, Ministro Extraordinário da Comunhão, pelo trajeto mais curto, traz a âmbula com o Santíssimo Sacramento e, de maneira discreta e respeitosa, coloca-a sobre o altar, e faz uma genuflexão.

Quem dirige, convida a oração do Pai-Nosso, que nunca deverá faltar na Celebração da Palavra, pois a Oração do Senhor prolonga o louvor e prepara para a Comunhão Eucarística. Após a oração do Pai Nosso ou o gesto da paz, quando realizado no rito da Comunhão, quem dirige, apresenta o pão eucarístico e convida a Comunhão. Os (as) ministros (as) da Comunhão distribuem a Eucaristia, enquanto entoa-se o canto de Comunhão. É recomendável buscar no Hinário litúrgico cantos que retomam o Evangelho do dia. Após a Comunhão faz-se um momento de silêncio e, a seguir, quem dirige conclui com a oração.

Ritos Finais

Seguem-se os avisos, a bênção, a despedida, o envio e o canto que constituem os ritos finais da Celebração da Palavra. Através destes ritos, “A assembléia é enviada a viver e testemunhar a Aliança no seu dia a dia e no serviço á edificação do Reino.” (Doc. 52 n.92).

CAPITULO VII
CELEBRAÇÃO DA PALAVRA E OFÍCIO DIVINO (Liturgia das horas ou Oficio Divino das Comunidades)

O Diretório da Congregação para o Culto Divino sobre as Celebrações dominicais na ausência do presbítero orienta a possibilidade de celebrar alguma parte da Liturgia da Horas: Laudes (ofício da manhã) ou Vésperas (ofício da tarde), nas quais se pode inserir as leituras do domingo e distribuição da Comunhão Eucarística.
As leituras são inseridas no lugar da leitura breve. Se for distribuída a comunhão, segue-se o esquema ritual Ofício Divino, até o cântico evangélico, em seguida, inserem-se os ritos da Comunhão e os ritos finais.

CAPITULO VIII
PARTILHA DE ALIMENTOS OU ÁGAPE FRATERNO

A celebração litúrgica gera atitudes de comunhão, partilha e solidariedade. Essas atitudes podem se expressar na partilha de alimentos, em forma de ágape, após a celebração, ou na distribuição de alimentos aos irmãos e irmãs mais necessitados.

CAPITULO IX
ORIENTAÇÕES PASTORAIS SOBRE A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA

A assembleia litúrgica
Os fiéis, congregados pelo Senhor, não constituem uma concentração espontânea de pessoas, mas uma assembleia convocada por Deus. “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali eu estarei, no meio deles” (Mt 18,20). A convicção da presença do Senhor faz os fiéis expressarem: “Ele está no meio de nós!”.
A assembleia é um sinal sagrado, é Corpo eclesial, é sinal sacramental de Jesus. Toda a liturgia se estrutura e se ordena em função da assembleia. É para servir a assembleia que existem os diversos ministérios, inclusive o ministério ordenado. É por causa da assembleia que o altar deve ser o lugar central e o ambão deve estar em lugar visível e elevado. Os microfones devem funcionar bem e a luz iluminar os elementos mais importantes. Poderíamos considerar a assembleia primeira manifestação do Ressuscitado, porque ela é o sacramento primordial de Jesus Cristo que é a Igreja (LG, n.26 IGMR, n.50).
Outros ministérios e serviços na Celebração da Palavra

O Concílio Vaticano II reconhece o caráter ministerial de várias funções normalmente desempenhadas por cristãos leigos nas celebrações litúrgicas: “os que servem o altar, os leitores, os comentaristas e a equipe de cântico, desempenham verdadeiro ministério litúrgico. (SC, n.29). Ministério da acolhida- Exercido por algumas pessoas que, as portas das Igrejas, dão boas vindas aos irmãos, com uma palavra amiga e cordial, e orientando-os para ocuparem um lugar (IGMR, n.105, d)
Ministério do Leitor- É necessário que os leitores que desempenham esse ministério, embora não tenham sido oficialmente instituídos nele, sejam realmente aptos e estejam cuidadosamente preparados. Esta preparação deve ser em primeiro lugar espiritual, mas é necessária também a preparação técnica.
É bom lembrar que as leituras, o salmo responsorial (de preferência cantado), a seqüência, o precônio pascal, a pregação e as preces dos fiéis devem ser proferidas do ambão.

Ministério do salmista – Cabe ao salmista ou cantor do salmo cantar de forma reponsorial ou direta o salmo. Para exercer esta função é conveniente que em cada comunidade eclesial haja leigos que saibam salmodiar e de uma boa pronuncia e dicção. Ministério da distribuição da Sagrada Comunhão – Trata-se de um ministério confiado ou reconhecido a pessoas que “prestam este serviço litúrgico e de caridade.” Esses ministros distribuem a sagrada Comunhão nas celebrações da Palavra; ajudam a distribuir o Pão /eucarístico em assembléias numerosas, levam a Comunhão Eucarística aos doentes, em caso de necessidade administram o Viático, na ausência do padre expõem o Santíssimo Sacramento para adoração aos fiéis e repõem sem dar a benção. Como ministros da comunhão Eucarística, sejam também ministros da comunhão fraterna na comunidade eclesial.

Ministério do Canto – Entre os fiéis, exerce sua função litúrgica o grupo de cantores ou coral. Também é exercido pelos instrumentistas, regentes do coral ou dirigente do canto. Compete lhes dirigir os diversos cantos, com a devida participação do povo. Outras funções litúrgicas- Entre as quais se situam serviços importantes para uma boa celebração: O Sacristão, que prepara os paramentos e livros litúrgicos para as celebrações; o comentarista que com breves explicações introduz o fiel na celebração; os coroinhas, e outros serviços como quem cuida dos microfones, do som, da iluminação, da ornamentação, da limpeza, etc.

Em muitos lugares surgiu a figura do “animador” da celebração. Cuidado, pois a celebração deve ser conduzida por quem dirige e não por um “animador.”
Na Celebração da Palavra de Deus- como em toda a Liturgia- deve-se manifestar a pluralidade dos dons com que o Espírito anima a Igreja. “Há diversidade dons, mas o Espírito é o mesmo. Há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diferentes atividades, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. A cada um é dada a manifestação do Espírito, em vista do bem de todos” (1 Cor 12, 4-6)

Recordamos ainda que na reflexão teológica pastoral, assumida no Documento 52 da CNBB tem-se distinguido os seguintes ministérios: a) reconhecidos, assumidos espontaneamente por um leigo (a), para atender uma necessidade; b) confiados, quando conferidos ao portador por um gesto litúrgico ou de alguma forma canônica; c) instituídos, conferido pela igreja por um rito litúrgico, chamado instituição; ordenados, recebido através do sacramento da Ordem.
A preparação da comunidade para a Celebração da Palavra de Deus O Doc. Da CNBB Discípulos E Servidores da Palavra de Deus, na Missão da Igreja (n.97) propõem algumas orientações para a valorização de ministros da Palavra nas comunidades eclesiais:

- Eduque-se os fiéis para saborear o sentido da Palavra de Deus, distribuída ao longo do ano litúrgico.
- Eduque-se o povo para o sentido do silêncio e uma boa escuta e recepção da Palavra.
- Organizem-se retiros especialmente para os membros das pastorais e movimentos, para favorecer uma experiência orante e um encontro pessoal com o Senhor.
- Na catequese, ajude-se a uma leitura da Sagrada Escritura como caminho de encontro com o Mistério de Deus em vista da “maturidade em Cristo”.
A escolha dos Ministros da Palavra
Muito importante que a comunidade eclesial participe do processo de escolha dos ministros e ministras, ao menos por um conselho.

Os que assumem devem ser escolhidos levando em conta suas qualidades de vida em consonância com o Evangelho e sua vida em comunidade. Devem ter um mandato especial do Bispo, que dará as indicações oportunas sobre a duração, o lugar para o exercício dessa função.

O reconhecimento oficial de ministros leigos

Uma vez escolhido e devidamente preparado, convém ao fiel leigo (a) receba o ministério da palavra em um rito litúrgico próprio, dentro de uma Celebração Eucarística. Ter o envolvimento da comunidade e a participação do bispo.
A veste litúrgica

A IGMR afirma que a diversidade de funções manifesta-se exteriormente pela diversidade das vestes sagradas. Convém que a beleza não se prenda na multiplicidade de ornatos, mas do tecido e da forma e contribuam para a beleza da ação sagrada. Os acólitos, os leitores e os outros ministros leigos podem trajar alva ou outra veste aprovada, convém que o (a) ministro (a) da Palavra use uma veste que expresse com simplicidade e beleza, o ministério que exerce.

CAPITULO X
A FORMAÇÃO DOS MINISTROS E MINISTRAS DA PALAVRA

Há uma grande riqueza de ministérios para que toda celebração litúrgica mostre sua beleza e favoreça o “encontro com Jesus Cristo”, como recorda o Doc. De Aparecida (DAp, n. 250). Na celebração, cada um tem o direito e o dever de contribuir com sua participação. Antes de tudo, reafirma-se a necessidade de formação adequada integral, (nas dimensões humano-afetiva, intelectual, espiritual-litúrgica e pastoral-missionária), especialmente para ministros da Palavra de Deus.

CONCLUSÃO
Graças a Deus no Brasil, existem excelentes experiências tanto nas Celebrações da Palavra quanto nas iniciativas de formação e acompanhamento dos ministros e ministras da Palavra. As considerações aqui apresentadas não querem sobrepor-se as experiências em curso, antes, pretendem consolidá-las e inspira-las, e mostrar que se trata de um projeto desejável e alcançável e que corresponde as necessidades das comunidades eclesiais em nossos dias.

RITOS INICIAIS
ROTEIROS CELEBRATIVOS
ROTEIRO 1: CELEBRAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS
* Chegada
* Procissão e canto de abertura
* Sinal da cruz
* Saudação inicial
* Acolhida, sentido da celebração e recordação da vida * Ato penitencial ou benção da água e aspersão
* Senhor, tende piedade
* Hino do Glória (exceto no Advento e na Quaresma)
* Oração coleta (da liturgia do dia)
LITURGIA DA PALAVRA
* Invocação do Espírito Santo
* Primeira leitura
* Salmo responsorial
* Segunda leitura
* Aclamação ao Evangelho
* Evangelho
* Partilha da Palavra ou homilia
* Profissão de fé
* Oração dos fiéis ou universal
COLETA FRATERNA
LOUVOR E AÇÃO DE GRAÇAS
* Louvor e ação de graças (oração ou canto)
* Pai-Nosso
* Saudação da paz (ou outro gesto apropriado)

RITOS FINAIS
* Oração conclusiva
* Avisos
* Bênção e despedida
ROTEIRO 2: CELEBRAÇÃO DA PALAVRA COM A COMUNHÃO EUCARÍSTICA RITOS INICIAIS
* Chegada
* Procissão e canto de abertura
* Sinal da cruz
* Saudação inicial
* Acolhida, sentido da celebração e recordação da vida * Ato penitencial ou benção da água e aspersão
* Senhor, tende piedade
* Hino do Glória (exceto no Advento e na Quaresma)
* Oração coleta (da liturgia do dia)
LITURGIA DA PALAVRA
* Invocação do Espírito Santo
* Primeira leitura
* Salmo responsorial
* Segunda leitura
* Aclamação ao Evangelho
* Evangelho
* Partilha da Palavra ou homilia
* Profissão de fé
* Oração dos fiéis ou universal
COLETA FRATERNA

LOUVOR E AÇÃO DE GRAÇAS
RITOS DA COMUNHÃO
* O pão consagrado é colocado sobre o altar * Oração do Pai-Nosso
* Saudação da paz
* Convite à comunhão
* Distribuição da Comunhão
* Silêncio
* Oração pós-comunhão
RITOS FINAIS
* Avisos
* Bênção e despedida
ROTEIRO 3: CELEBRAÇÃO DA PALAVRA E OFÍCIODIVINO RITOS INICIAIS
* Refrão meditativo
* Abertura
* Introdução ao mistério celebrado
* Recordação da vida
* Hino
* Salmos e cânticos bíblicos, de acordo com as quatro semanas do Saltério
* Oração coleta (da liturgia do dia)
LITURGIA DA PALAVRA
* Primeira leitura
* Salmo responsorial
* Segunda leitura

* Aclamação ao Evangelho
* Evangelho
* Partilha da Palavra ou homilia
* Profissão de fé
* Oração dos fiéis do Ofício Divino
* Pai-Nosso
COLETA FRATERNA
LOUVOR E AÇÃO DE GRAÇAS
* Cântico Evangélico (de manhã de Zacarias e à tarde de Maria) RITOS FINAIS
* Oração conclusiva
* Avisos
* Bênção e despedida
ROTEIRO 4: CELEBRAÇÃO D A PALAVRAE OFÍCIODIVINO COM A COMUNHÃO EUCARÍSTICA
RITOS INICIAIS
* Refrão meditativo
* Abertura do ofício
* Introdução ao mistério celebrado
* Recordação da vida
* Hino
* Salmos e cânticos bíblicos, de acordo com as quatro semanas do Saltério
* Oração coleta (da liturgia do dia)
LITURGIA DA PALAVRA
* Primeira leitura

* Salmo responsorial
* Segunda leitura
* Aclamação ao Evangelho
* Evangelho
* Partilha da Palavra ou homilia
* Profissão de fé
* Oração dos fiéis
COLETA FRATERNA
LOUVOR E AÇÃO DE GRAÇAS
* Cântico Evangélico (de manhã de Zacarias e à tarde de Maria) RITOS DA COMUNHÃO
* O pão consagrado é colocado sobre o altar
* Oração do Pai-Nosso
* Convite à comunhão
* Comunhão
* Silêncio
RITOS FINAIS
* Oração conclusiva
* Avisos
* Bênção e despedida

ANEXO
RITO PARA CONFERIR O MINISTRO DA PALAVRA
Após a proclamação do Evangelho, o bispo senta-se, de mitra, no lugar preparado. O pároco diz:
- Aproximem-se os que serão constituídos ministros da Palavra.
Chama cada um (a) dos (as) candidatos (as) pelo nome e o (a) candidato (a) responde:
- Eis-me aqui!
O pároco dirige-se ao bispo com estas ou outras palavras:
-Senhor bispo, peço-lhe que constitua como ministros (as) da Palavra para as comunidades desta paróquia, estes nossos irmãos e irmãs.
O bispo pergunta:
-Pode dizer-me se são dignos deste ministério?
O pároco responde:
- De acordo com o testemunho de membros de suas comunidades, conforme nosso parecer, dou testemunho que são considerados dignos.
O bispo se dirige aos candidatos:
- Diante do testemunho aqui expresso, eu os acolho para este ministério.
Homilia
Terminada a homilia, o bispo, sem mitra, convida os fiéis a orar dizendo:
Caríssimos irmãos e irmãs, a Igreja é chamada a venerar a Palavra de Deus e dela se alimentar assim como venera o Corpo do Senhor e dele se alimenta. Vocês foram escolhidos para serem ministros da Palavra entre os irmãos e irmãs da Igreja. É uma missão bonita, exigente e importante. Jesus, Verbo eterno do Pai, que veio morar entre nós, deixou aos seus amigos a missão de anunciar a Boa-Nova a toda criatura (Mc 16,15). Por isso, nós os enviaremos para que, junto conosco, sejam testemunhas e anunciadores dessa Palavra. “Apegados firmemente à Palavra da Vida” (Fl 2, 16). Ela “habite em vós com abundância” (Cl 3,16), e sempre se esforcem para comunicá-la com exatidão (2Tm 2,15).
O bispo pergunta aos candidatos:
Bispo: Vocês querem acolher a semente da Palavra e cultivá-la com o estudo, a reflexão e a oração em sua vida cotidiana?
Todos: Sim, quero!

Bispo: Vocês querem deixar que a Palavra do Senhor seja luz em seus caminhos e suas escolhas?
Todos: Sim, quero!
Bispo: Vocês querem assumir, com alegria e fidelidade, o compromisso de apresentar, explicar e propor a Palavra do Senhor aos irmãos e irmãs de fé, de acordo com o ensinamento da Igreja Católica?
Todos: Sim, quero!
Bispo: Deus que os escolheu para este ministério na Santa Igreja os ilumine com a luz da palavra a fim de que ela seja viva e eficaz em sua vida e missão.
Oremos (silêncio) O bispo continua:
Deus, Pai de bondade e rico em misericórdia, vós nos gerastes pela Palavra e nos entregastes palavras dignas de fé e verdadeiras; abençoais + com generosidade e enchei da sabedoria e da fortaleza do vosso Espírito estes fiéis escolhidos para proclamar a Palavra na santa assembleia. Nós vos pedimos, que eles acolham com mansidão, anunciem com alegria e testemunhem com fidelidade a Palavra que tem o poder de salvar a nossa vida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Todos: Amém!
Os novos ministros colocam a veste que irão usar quando exercerem o ministério. Em seguida, aproximam-se do bispo, que entrega a cada uma Bíblia, com estas ou semelhantes palavras:
N. recebe este Livro Santo, proclame e celebre a Palavra com alegria e fidelidade, transforme em fé viva o que lê, ensine aquilo que crê,
e procure realizar o que ensina.
O neoministro responde:
-Amém!
O bispo saúda com um gesto de acolhida.
A celebração continua, seguindo o modo costumeiro. Nas preces dos fiéis, acrescentem-se intenções pelos novos ministros e pela comunidade, para que acolham e testemunhem a Palavra do Senhor.

Autora:
Maria Goretti
Coordenadora Diocesana da Comissão de Liturgia 

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